Abu Dhabi vive momento de expansão turística. E tenta combater Dubai na atração oferecida aos estrangeiros. Por mais que a população local não se empolgue com o futebol, a ideia é chamar a atenção do resto do mundo para a cidade por meio do esporte. A mídia internacional, ao mostrar o Mundial para países enlouquecidos por futebol, casos de Brasil e Itália em 2010, automaticamente dá um panorama turístico do local. E aí Abu Dhabi tem muito a oferecer – bons hotéis, atrações naturais, segurança absoluta, uma cultura diferente da Ocidental, mas não radical a ela, e preços acessíveis em alimentação e deslocamento.
Pouco antes do duelo entre Mazembe e Pachuca, estádio em Abu Dhabi tinha público muito pequenoOs jogos apresentam estádios com pouco público. Nem a partida do time da casa, o Al-Wahda, causou mobilização: menos de 24 mil pessoas foram ver a vitória de 3 a 0 sobre o Hekari United, de Papua Nova Guiné. No duelo entre Mazembe e Pachuca, nesta sexta-feira, nem metade do estádio foi ocupada. E parte dos torcedores estava ali claramente sob encomenda. Enquanto todos os demais árabes do estádio ficavam quietos, dois grupos batiam palmas ao mesmo tempo, coreografados, simulando uma empolgação que não tinham, forçando uma alegria para estrangeiro ver.
No ano que vem, o Mundial volta para o Japão, onde o Inter foi campeão em 2006. Não chega a ser um epicentro da emoção futebolística, mas é um local que vive mais o futebol do que os Emirados Árabes. De certa forma, Abu Dhabi se despede da competição com o alvo atingido. Só de colorados, são esperadas mais de 5 mil pessoas para os jogos do Mundial. Cada uma delas, ao voltar para o Brasil, falará sobre a cidade, que espera ver um efeito dominó no processo de atração de estrangeiros – gostem eles de futebol ou não

































0 comentários:
Postar um comentário